A Black Friday se tornou um dos períodos mais esperados por consumidores — e, também, um dos mais arriscados para os lojistas.
A busca por competir em preços, liquidar estoque e aumentar o faturamento faz muitos negócios tomarem decisões precipitadas.
E é justamente aí que surgem os perigos financeiros da Black Friday: descontos agressivos que corroem margens, erros de precificação e um descontrole que afeta diretamente o capital de giro.
A seguir, você vai entender como evitar essas armadilhas e garantir que a Black Friday impulsione — e não prejudique — o seu lucro.
1. Não coloque desconto em toda a sua loja
Você não deve colocar toda a sua loja em promoção na Black Friday.
Nem todo desconto é estratégico. Saber até onde você pode ir evita prejuízo.
Em meio à pressão da Black Friday, muitos lojistas entram na corrida por preços mais baixos sem olhar para o principal indicador que realmente importa: a margem de lucro.
Antes de aplicar qualquer desconto, é essencial entender o quanto cada produto pode suportar sem comprometer o caixa do negócio. Cada item tem uma realidade diferente de custos, taxas, comissões e impostos — e, por isso, não podem receber o mesmo percentual de desconto.
Quando essa análise não é feita, o lojista até pode ver o faturamento aumentar, mas o lucro se transforma em prejuízo. E na Black Friday, por conta do alto volume de vendas, qualquer erro é multiplicado.
2. Não cometa erros de precificação no impulso
A Black Friday é marcada por velocidade — e é justamente essa correria que faz muitos lojistas cometerem erros de precificação que passam despercebidos.
A pressa cria decisões sem cálculo, descontos aplicados “no achismo” e regras de preço que não conversam com a realidade dos custos.
Quando isso acontece, o lojista até vende mais, mas compromete o lucro sem perceber.
Antes de definir qualquer preço, existe um passo que orienta toda a estratégia e evita esses desvios: entender qual é o objetivo da precificação na Black Friday.
Você pode seguir dois caminhos neste período de altas nas vendas:
- Fazer caixa: priorizar giro rápido, mesmo com margens menores, para gerar capital de giro imediato.
- Oxigenar a base: atrair novos clientes, aumentar recompra e fortalecer o relacionamento, mesmo que o lucro não esteja na primeira venda.
A precificação da Black Friday precisa ser tratada como uma decisão estratégica, não operacional.
Antes do período promocional, revise custos, valide margens e defina claramente o propósito de cada oferta. E, durante o evento, acompanhe os números diariamente para corrigir qualquer desvio rapidamente.
Quando existe estratégia por trás da precificação, a Black Friday deixa de ser um risco financeiro e se transforma em um movimento planejado — consciente, lucrativo e alinhado com o que a empresa realmente precisa naquele momento.
No vídeo abaixo, falamos de uma forma mais detalhada sobre este ponto. Confira:
3. Escolha o canal certo para o objetivo da campanha
Outro perigo financeiro da Black Friday é vender no canal errado — e isso acontece quando o lojista não conecta o objetivo da campanha com o comportamento de custos e comissões de cada canal de venda.
Cada marketplace, cada método de envio e até o próprio e-commerce possuem estruturas completamente diferentes de taxas e repasses.
E essas diferenças mudam totalmente o resultado financeiro da campanha.
Na prática, o lojista pode usar mais de uma estratégia no mesmo produto, mas precisa direcioná-lo para o canal que melhor sustenta o objetivo:
- Se o foco é fazer caixa: Priorize canais com melhor repasse e recebimentos mais rápidos. O objetivo é girar rápido, entrar dinheiro e reforçar o capital de giro.
- Se o foco é oxigenar a base: Priorize canais com menores comissões e maior volume de tráfego, mesmo que o repasse seja mais lento. Aqui, o objetivo é atrair novos clientes e aumentar recompra — mesmo que o lucro não esteja na primeira venda.
O perigo surge quando o lojista ignora esse alinhamento e coloca o mesmo produto, com o mesmo desconto, em canais com margens completamente diferentes.
O resultado?
O produto que pareceria lucrativo em um canal pode virar prejuízo em outro.
4. Planeje o volume de vendas e o impacto no caixa
Mais vendas significam mais custos com envio, embalagem e comissões. Planeje o quanto de caixa precisa girar para não travar o pós-Black Friday.
A Black Friday aumenta o faturamento — mas também aumenta todos os seus custos.
E esse é um dos perigos financeiros mais invisíveis do período.
Quando o lojista foca somente no volume de vendas, sem calcular o impacto que esse volume terá no caixa, ele pode entrar em um cenário perigoso: vender muito e, ainda assim, travar o negócio no pós-Black Friday.
Isso acontece porque cada venda carrega consigo uma série de custos operacionais que crescem proporcionalmente:
- Frete;
- Taxas de marketplace;
- Comissões e impostos;
- Aumento do capital empatado, caso as reposições sejam necessárias e o pagamento aos fornecedores anteceda o recebimento das vendas.
Se esses custos não forem antecipados, o lojista cria um efeito dominó: vende muito, mas consome todo o caixa que deveria sustentar o negócio no mês seguinte.
A Black Friday não pode ser apenas uma operação de venda em massa.
Ela precisa ser uma operação de caixa bem planejada.
Quando o planejamento financeiro antecede a campanha, o lojista evita o risco de fechar o mês com recorde de vendas — e nenhum dinheiro para manter o negócio funcionando.
A Black Friday pode impulsionar ou destruir seu lucro — depende dos seus números
A Black Friday não se torna perigosa por causa dos descontos ou do alto volume de vendas.
Ela se torna perigosa quando o lojista toma decisões rápidas, sem apoio de dados, sem entender margens e sem projetar o impacto financeiro de cada ação.
E é justamente aqui que plataformas como a Preço Certo fazem diferença.
Enquanto muitos lojistas montam campanhas sem saber se cada produto dá lucro ou prejuízo, a Preço Certo entrega visibilidade completa:
- Margem real de cada SKU, considerando custos, taxas, comissões e impostos;
- Simulações de cenários para saber quais produtos podem sustentar descontos e quais não podem;
- Análise por canal para evitar vender barato onde a margem não se sustenta;
Em um período onde qualquer erro é multiplicado pelo volume, ter essa clareza é o que separa quem lucra na Black Friday de quem fecha novembro com números negativos.
A Black Friday não precisa ser um risco financeiro — desde que você gerencie o evento com precisão, estratégia e dados confiáveis.

