Precificar produtos pode parecer simples, mas na prática é um dos maiores desafios de quem vende no online ou no físico.
Muitos lojistas acreditam que estão lucrando, mas na verdade estão cometendo erros de precificação que corroem suas margens e comprometem o fluxo de caixa.
O problema é que esses erros nem sempre são fáceis de perceber. Um produto pode ter bom giro de vendas e mesmo assim dar prejuízo. Por isso, entender os principais erros de precificação e saber como evitá-los é essencial para construir um negócio saudável e sustentável.
A seguir, listamos 6 erros na hora da precificação:
1. Diluir custos fixos da empresa no preço
Um erro clássico é diluir todos os custos fixos (como aluguel, energia e equipe administrativa) no preço de cada produto.
Essa prática pode parecer lógica, mas acaba sendo injusta com determinados itens. Produtos que giram menos podem ficar com preços muito altos, enquanto os de maior saída sustentam uma carga de custos desproporcional.
2. Não apurar a margem de contribuição
Esse é, sem dúvida, um dos maiores erros de precificação no varejo.
A margem de contribuição é uma das principais métricas de um negócio, sendo responsável direto por validar a saúde de uma venda.
Sem o controle desse indicador, fica impossível saber se uma venda está realmente trazendo resultado ou se está corroendo o lucro.
3. Não considerar o capital de giro no preço
O capital de giro é a quantidade de recursos necessária para manter os processos do negócio dentro de um determinado período de tempo.
Ele é o que garante que a empresa consiga operar mesmo quando as entradas e saídas de caixa não estão equilibradas.
Sem esse controle, o risco de se endividar ou até fechar as portas aumenta.
Para aliviar o fluxo de caixa, você deve se atentar ao prazo de recebimento e para reduzir esse tempo, você pode:
- Oferecer descontos para pagamentos à vista, no dinheiro;
- Estimule pagamentos no débito, via transferência bancária ou pix;
- Adiante recebíveis;
- Realize vendas à prazo em menos parcelas.
Essas práticas ajudam a acelerar a entrada de dinheiro em caixa e, consequentemente, aliviam a necessidade de capital de giro.
Para entender melhor esse impacto no seu negócio, você pode utilizar a nossa Calculadora de Capital de Giro, através dela você conseguirá mensurar esse indicador.
Afinal, à medida que a empresa cresce, esse indicador cresce na mesma proporção e dessa forma, é preciso ter muito cuidado com as suas margens.
4. Precificar usando apenas a concorrência
Muitos lojistas olham apenas para o preço do concorrente e copiam o valor. Essa prática é arriscada, porque cada operação tem uma estrutura de custos e objetivos diferentes.
O que é rentável para um concorrente pode ser prejudicial para você.
Além disso, competir apenas pelo menor preço pode desvalorizar sua marca e comprometer sua margem de lucro.
5. Focar em métricas de vaidade
É comum ver empresários se orgulhando do faturamento alto ou do número de vendas. Mas esses números, sozinhos, não dizem nada sobre a saúde financeira da empresa.
Essas são as chamadas métricas de vaidade. Elas parecem boas, mas mascaram a realidade.
Afinal, de que adianta faturar R$1 milhão se o lucro líquido é de apenas R$10 mil? Nesse caso, a lucratividade seria de apenas 1%, o que pode colocar em risco todo o negócio.
6. Ignorar custos variáveis e confiar cegamente em planilhas
Outro erro muito comum é não considerar todos os custos variáveis envolvidos em cada venda — como tributos, comissionamento dos canais de venda e frete.
Esses custos, quando não são mapeados corretamente, acabam sendo “esquecidos” na precificação, o que faz com que o lojista acredite estar lucrando, quando na verdade está vendendo no prejuízo.
Além disso, muitos lojistas confiam cegamente em planilhas prontas ou fórmulas compartilhadas por “gurus da internet”, sem compreender de fato como cada número influencia nas margens.
O problema é que cada negócio tem uma realidade própria, com custos, tributos e prazos diferentes…
Aplicar uma fórmula genérica sem o devido conhecimento pode gerar resultados completamente distorcidos e comprometer o lucro real da operação.
Como evitar erros de precificação e vender com lucro
A precificação é um dos pilares da saúde financeira de qualquer negócio. Cada erro listado aqui pode parecer pequeno, mas quando somados, comprometem o caixa e impedem o crescimento da empresa.
A boa notícia é que, com processos organizados e ferramentas adequadas, é possível corrigir esses problemas e construir uma precificação estratégica que garanta rentabilidade em todos os canais.
Com a Preço Certo, lojistas conseguem calcular preços de venda de forma correta, considerando impostos, taxas e margens.
Além disso, podem acompanhar indicadores financeiros em tempo real e evitar que os erros de precificação comprometam o lucro.
Quer entender melhor como funciona? Converse agora mesmo com um dos nossos consultores:
Dúvidas comuns na formação de preços
Os mais comuns são: diluir custos fixos da empresa, não apurar a margem de contribuição, não controlar o capital de giro, basear o preço na concorrência e se basear em métricas de vaidade.
Porque é ela que determina se a empresa terá lucro ou prejuízo com as vendas. Uma precificação incorreta pode corroer as margens e comprometer a saúde financeira, mesmo quando há muito faturamento. Lembre-se: faturamento é ego.
A melhor forma é acompanhar indicadores financeiros como margem de contribuição, capital de giro e lucratividade, além de utilizar ferramentas que ajudem a calcular preços de forma estratégica e automatizada.
Não entre na guerra de preços, pois na maioria absoluta das vezes, estes empresários estão assumindo prejuízos com um único objetivo – predar a concorrência.