Se, como diz o Marcelo Roque, CEO da Preço Certo, “faturamento é ego, lucro é ponto de vista e caixa é realidade”, fazer campanhas de tráfego pago sem medir o ROAS é puro ego. Isso porque ROAS é a sigla de return on advertising spend. Em bom português: é o retorno sobre o investimento em anúncios, ou seja, o quanto é gerado de receita por cada real investido em mídias pagas.
Para calcular o ROAS é simples:
ROAS = Receita gerada / Investimento em ads
Trazendo essa fórmula para um exemplo. Imagine que você vendeu 100 itens a R$ 100,00 cada, totalizando uma receita de R$ 10.000,00. E, para chegar a tal resultado, você precisou investir R$ 2.500,00 em ações de mídia paga.
Assim:
ROAS = 100 itens x R$ 100 = R$ 10.000 (receita) / R$ 2.500 (investimento em ads)
ROAS = 4
Quanto maior o ROAS, melhor o resultado. Neste caso, um ROAS de 4 costuma ser um resultado excelente.
A avaliação geral de ROAS costuma ser feita da seguinte forma:
- ROAS > 1: A receita gerada é maior do que o gasto com ads;
- ROAS < 1: A receita gerada é menor do que o gasto com ads;
- ROAS = 1: A receita gerada é igual ao gasto com ads.
Em uma campanha de anúncios online, procure avaliar também o ROAS individual de grupos de anúncios e não só o global da campanha.
E lembre-se que é comum muitas vezes uma campanha começar com uma performance não muito boa e ir melhorando aos poucos, conforme a plataforma “aprende”.
Se estiver em dúvidas, não deixe de usar uma calculadora de ROAS ou até mesmo uma calculadora de ROI. Estas ferramentas podem te ajudar no dia a dia.
As principais diferenças entre ROAS e ROI
ROAS positivo e prejuízo?
Sérgio Fernandes, gestor de tráfego com experiência em e-commerce, afirma que é comum empresas terem um ROAS positivo e ainda assim tomarem prejuízo.
“O ideal para medição de ROAS é fazer em duas etapas. O retorno de investimento GERAL de tráfego e o que os anúncios estão trazendo de receita e uma medição de ROAS por cada canal (exemplo: ROAS do Facebook Ads, do Google Ads, do Tiktok Ads etc.)”, afirma.
De acordo com Sérgio, é importante entender qual é o ROAS mínimo para que haja ROI como um todo. “Só assim um negócio que vende online pode ser lucrativo e escalável”, detalha.
O profissional também afirma que, muitas vezes, certos canais podem não ter um ótimo ROAS se analisados de forma separada, mas são importantes: “Há casos de e-commerces desligarem anúncios de um canal e o outro ter seu custo aumentado. Isso acontece porque a jornada de compra do cliente não é linear, passa por várias etapas e momentos e esse ciclo de venda pode se estender.”
Dicas práticas para melhorar o ROAS e o ROI
O primeiro passo é definir os indicadores-chave e os objetivos de cada campanha: conversão, custo por conversão, engajamento, custo por engajamento, visualização, custo por visualização etc.
A partir daí, analise o retorno de cada campanha ou grupo de anúncios. Faça também uma análise de cada canal de forma isolada e tenha em mente que alguns canais ou campanhas vão servir de suporte à conversão.
Outra dica é conhecer profundamente a jornada de compra do cliente. Isso pode ser feito através de ferramentas como Hotjar e Crazy Egg, ou através de pesquisas quantitativas ou qualitativas.
Sérgio Fernandes afirma que “o ROI está ligado à saúde do negócio como um todo. Não basta investir somente em anúncios e buscar ROAS altíssimos se o seu custo operacional é alto ou sua taxa de recompra é baixa. Ou se o seu AOV (average order value/valor médio do pedido) é pequeno. Para que o ROI seja positivo e a empresa lucrativa, é importante que você tenha o controle dos custos do negócio e analise a eficiência depois que o cliente chega até o site”.
O tráfego pago, neste sentido, é responsável “apenas” por trazer interessados em uma página de vendas. É preciso ter um site eficiente com boas fotos, descrições dos produtos, provas sociais, além de oferecer um atendimento pré ou pós-venda em caso de necessidade.
Não deixe de usar a calculadora de ROAS e a calculadora de ROI.