COVID-19. Esse assunto tem sido tão falado nos últimos tempos, que é difícil conseguirmos trazer uma novidade, que não seja a tão esperada cura ou pelo menos, imunização de grande parte da população.
Estamos tendo tempos difíceis, não apenas pelo isolamento, mas principalmente, pelo cenário que nos aguarda depois que tudo isso passar: uma crise financeira sem precedentes.
Muitas empresas e até mesmo países têm se juntado na luta para manter seus pequenos negócios vivos, estimulando a venda de produtos e serviços de empresas, que até então, não têm a capacidade de se manterem por muito tempo com as portas fechadas.
Já, outras empresas, estão tentando encontrar o caminho, em meio aos problemáticos galhos econômicos, que encontram pelo caminho.
Transformar problemas em oportunidades é a motivação para não deixar “o bambolê cair” neste momento difícil e por isso, muitas estão encontrando uma solução que já é conhecida de todos, mas que até pouco tempo atrás causava mais medo do que certeza: a internet.
Sejam através de conteúdos, que são transmitidos por lives, artigos, vídeos e podcast ou ainda, por meio de venda de produtos e serviços por meio digital, a verdade é que nunca estivemos tão conectados nos últimos dias.
E se todo problema pode se tornar uma oportunidade, porque não fazer do problema que sua empresa passa no momento uma oportunidade de ouro para vender mais agora, mas também, para se estruturar mais após essa crise?
Vendas Online
Uma coisa é certa, vender online tem ajudado as pessoas a manter suas rotinas de consumo, nem que seja de produtos básicos, como alimentação e higiene. Se os supermercados recebem autorização para continuar operando, mesmo em meio ao isolamento, há aqueles que preferem não arriscar sair de casa em troca de comida.
Começamos a apresentar um dos segmentos que mais cresceram nessa pandemia. Com de quase 57%, as entregas de alimentos têm mostrado que as empresas podem se reinventar e vender pela internet, ou até mesmo, pelo telefone, sem a necessidade das pessoas se locomoverem até o estabelecimento.
E erra feio quem acredita que para fazer isso, é necessário contato humano. Além de deixar as entregas na porta, sem precisar entrar em contato com o cliente, as empresas têm apostado ainda em recadinhos de superação e acalanto, principalmente para pessoas que moram sozinhas.
Já, outro setor que também apostou muito nas vendas de produtos online foi o de brinquedos. Isso mesmo, com as crianças em casa, a falta de possibilidade delas brincarem com outras crianças ou de gastarem a grande quantidade de energia que têm e ainda com os pais tendo que continuar trabalhando dentro de casa, enquanto elas estão de férias, causou um grande problemas para os pais, que tiveram que investir pesado nos produtos recreativos infantis. Foi um aumento de 643% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
E se você acha que apenas esses setores tiveram crescimento, muito se engana! Nunca tivemos tantas compras fitness! Então, quem vende produtos esportivos viu suas vendas aumentarem, elevando o faturamento deste setor em pouco menos de 188% a mais do que o mesmo período do ano passado.
E claro, o medo também ajudou na compra de produtos de proteção. As farmácias viram seus produtos sumirem das prateleiras, principalmente se fossem máscaras de proteção facial, luvas descartáveis, álcool em gel e remédios contra dores, gripes e resfriados como Paracetamol.
Porém, se tem um setor que viu suas vendas subirem de uma maneira espantosa, foi o de supermercados. Com um aumento de 448%, os supermercados têm recebido tantas entregas que muitos deles tiveram que colocar avisos em seus sites de atraso nas entregas. Alguns chegaram até mesmo a cair.
As pessoas começaram a perceber que em meio a pandemia, existe a possibilidade de trocarmos a cerimônia que fazíamos para irmos aos mercados pelas compras mais seguras de casa e com a comodidade de receber tudo junto, em casa, sem problemas!
Todo esse crescimento, porém, pode ter seus problemas e as empresas não devem simplesmente colocar seus produtos à venda, visando apenas em seu aumento.
A crise causada pelo COVID-19
Infelizmente, mesmo com o aumento de alguns setores, a crise causada pelo isolamento do COVID-19 diminuirá, consideravelmente a renda da grande maioria das pessoas.
Com a queda de renda, claro que a queda no consumo acontecerá, principalmente em alguns setores que tende a ser menos básicos, como vestuário, joias, produtos de beleza, entre outros.
Além disso, com a queda da renda, as pessoas estarão menos propensas a experimentar coisas novas e é aí que entram os marketplaces!
Se você ainda não sabe o que é um marketplace, calma, eu vou te explicar!
Os marketplaces são como shoppings, só que de maneira virtual.
Eles abrem seus espaços, em suas plataformas, para que outros lojistas possam, também, vender lá! Como vantagem, ele tem uma gama maior de produtos para oferecer ao cliente, uma possibilidade maior de conversão e o ganho da confiabilidade do cliente.
Já, os lojistas que entram nesse ambiente, para vender seus produtos, tem menos risco e sofrer com fraudes, por parte de clientes, não precisam investir tanto em marketing digital e ainda têm a confiabilidade do cliente, que confia na marca que está por trás do ambiente em que ele vende.
Em tempos de crises, os marketplaces acabam sendo uma boa pedida exatamente por isso: confiabilidade.
Quando temos uma quantidade menor de dinheiro para gastar, tendemos sempre a ter menos vontade de arriscar em produtos ou lojas novas, isso porque, temos menos dinheiro para trocar, caso esse produto dê errado.
Isso já foi um comportamento estudado em pessoas onde a renda já é mais baixa. Elas tendem a comprar produtos de marcas mais conhecidas e dificilmente inovam, pois sabem que se errarem naquele momento, terão que continuar com o erro até que possam consertar.
E quando temos que fazer uma compra online então, esse medo é amplificado. Apesar das pessoas estarem fazendo compras com mais frequência e compram um produto online pela primeira vez, neste momento, para sobreviverem, o medo de comprar e não receber ainda existe ou de ter seu cartão clonado, por exemplo.
A quantidade de fraudes é enorme.
Querendo ou não, os marketplaces hoje apresentam uma confiabilidade enorme, são empresas que saíram do físico para o mundo online há muitos anos e até mesmo no mundo online se tornaram as empresas queridinhas das compras, afinal, Americanas.com ganhou o prêmio Reclame Aqui mais de seis vezes por votação!
E por ter essa confiabilidade maior do que a maioria das lojas onlines no país, essas empresas acabam tendo uma maior facilidade de conversão de vendas.
E se hoje, eles possibilitam a abertura de seus espaços para pequenas lojas, por que não estar neles?
Os Marketplaces contra a crise
E se em um mundo onde as crises financeiras não eram um problema tão grande assim, hoje, que elas têm uma força considerável, estar em todos os tipos de canais de venda pode ser a solução dos problemas das empresas.
Claro que há setores que terão que se reinventar por completo, como os de evento presencial, que sofrerão muito com o isolamento e por consequência, os cancelamentos ou adiamentos, entretanto, para empresas que podem vender produtos e serviços pela internet, os marketplaces podem ser a principal tacada de sucesso para os seus negócios.
Isso, porque além da confiabilidade no nome dessas empresas, temos também o investimento pesado que elas fazem em marketing digital, o investimento em uma loja altamente voltada para a usabilidade e ainda, uma grande proteção antifraude, não apenas para o cliente em si, mas também o lojista, que conta com a aprovação do marketplace e a devolução do dinheiro, caso o cliente tenha cometido uma fraude.
Os marketplaces também auxiliam o aumento de vendas entre os clientes, principalmente daqueles que estão começando, porque por terem um nome que muitas vezes não é conhecido, sua própria loja pode não ter uma quantidade de visitas consideráveis e consequentemente, uma baixa conversão, já nos marketplaces, por ser uma referência em vendas e no caso dos marketplaces de nicho, até mesmo de lançamento e melhor preço, os consumidores tendem a fazer suas pesquisas por essas lojas e por estar ali, naquele ambiente, a probabilidade de compra é maior.
A escolha do Marketplace perfeito
Claro que para se vender em um marketplace, assim como em tudo dos negócios, é necessário que se tenha uma estratégia muito boa. É importante que mesmo que vendendo em marketplaces, você saiba dos conceitos básicos de marketing digital, pois você precisará aplicá-los em alguns espaços da plataforma, como por exemplo foto, título, descrição e a colocação das informações técnicas de uma forma que chame a atenção.
Além disso, você deve decidir exatamente, quais os marketplaces que você deve escolher. Nunca opte por aqueles que recebem mais visitas, pois isso não quer dizer que você venda mais. Conheça o seu segmento, entendam quem são seus clientes e onde eles possam estar e a partir daí, traçar estratégias para atingi-lo.
Muitas vezes, atuar em um marketplace de nicho como o MadeiraMadeira, Leroy Merlin ou ainda a Cobasi pode ser bem estratégico para o seu negócio e render ainda mais vendas do que atuar no Mercado Livre, Americanas ou Via Varejo, por exemplo. Tudo faz parte da estratégia que você traçar para o seu negócio e em como você poderá atuar em cada um desses canais.
Outra parte é, nunca assuma mais canais do que você poderá dar conta. Tem uma loja virtual e quer atuar em marketplaces? Tenha a certeza que você terá braços o suficiente para atender a todos os pedidos, isso porque, quando se opta por atuar em um marketplace, um dos fatores de reconhecimento da plataforma é a satisfação do cliente. Quanto mais alto, mais a chance o seu anúncio aparecer aos clientes.
E aí entramos em mais um ponto: o preço! Ter um dos melhores preços do marketplace pode te ajudar a vender mais, mas não vai ser o único fator.
Tenha em mente que o cliente está comprando um produto que não pode sentir, não pode tocar e muito menos testar.
Esteja ciente de criar esse ambiente para ele. Tenha uma descrição bem feita, com as palavras-chave que os clientes costumam usar. Fotos que podem ser ampliadas, para o cliente ver detalhes do produto, principalmente, se for um tecido, um metal ou um brinquedo. O título, procure usar palavras mais usadas entre as buscas daquele produto.
Atuar em um marketplace, junto a uma loja virtual, por exemplo, poderá lhe ajudar muito a vender mais nesse período de dificuldade e principalmente, depois dele. Lembre-se de que você está montando uma estratégia para médio e longo prazo e esse conhecimento pode fazer a diferença entre seu negócio crescer ou estacionar!
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Parabéns pelo ótimo artigo, esse ano tem sido complicado para todos nós empreendedores, mas vamos tirar muitas boas lições para serem aplicadas futuramente. Tudo de bom e muito sucesso para você!
Nós que agradecemos a leitura!